quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

História do Cão de Castro Laboreiro

A origem do cão de Castro Laboreiro, perde-se na memória dos tempos, considerando-se uma das raças mais antigas da Península Ibérica.
Pensa-se que, tal como os seus parentes, Cão da Serra da Estrela e Rafeiro do Alentejo, teria descendido do Dogue do Tibete que, dos Himalaias irradiou para todo o mundo, acompanhando as deslocações populacionais que ocorreram ao longo dos tempos e teria dado origem aos molossos e cães tipo montanha.
O solar desta raça situa-se na região que lhe deu o nome - Castro Laboreiro, situada no Noroeste Peninsular, que compreende a serra da Peneda e o planalto de Castro Laboreiro, a ajuizar pelos testemunhos orais e até alguns escritos, a sua distribuição, no passado, poderia ter chegado até a zona da Serra do Soajo, mas não se deve confundir esta raça com o sabujo que existiu nesta mesma região do Soajo.
Com o evoluir dos tempos, a sua distribuição ficou circunscrita à freguesia de Castro Laboreiro, uma área muito fechada e com poucas influências externas, podendo assim manter as suas características únicas. A partir dos anos 60, a forte emigração que afectou toda esta região e a melhoria das vias de comunicação originaram a entrada de novas raças como o Cão Pastor Alemão entre outras, que levaram a uma degeneração da raça devido aos cruzamentos efectuados. Também o abandono da actividade pecuária levou á à grande diminuição do efectivo desta raça que ficou à beira da extinção. Mas a acção determinada do padre Aníbal Rodrigues, Pároco local, e o apoio de alguns habitantes locais foram mantendo alguns núcleos, não permitindo o seu desaparecimento. Também se verificou a manutenção de alguns núcleos fora do seu Solar, principalmente na região de Lisboa, que encontram a sua preponderância na formação do Clube do Cão de Castro Laboreiro.

Concurso Tradicional

A realização do concurso tradicional anual que se vem realizando ininterruptamente desde 1954, com o apoio do C.P.C., no dia 15 de Agosto, em Castro Laboreiro também tem contribuído para a sua salvaguarda.
De destacar ainda que este concurso anual, segundo dados descobertos recentemente, já se realiza desde a 2ª década do Século vinte, o que o coloca na categoria dos concursos caninos mais antigos do país.
A região de Castro Laboreiro situa-se a uma altitude média de 1000m, é propicia a pastorícia extensiva, que desde sempre constituiu a riqueza desta região, com rebanhos de Bovinos, Caprinos e Ovinos. Mas nesta região também existem os predadores, cujo seu digno representante é o Lobo Ibérico. Por isso os pastores sempre necessitaram de meios de defesa e o principal sempre foi o cão de Castro Laboreiro.
Este guarda de rebanhos por excelência, sempre pronto a defender o seu quinhão e enfrentando valentemente o lobo sem qualquer receio, é um guardião fiel e dedicado. Fica sempre junto do rebanho, mesmo quando o pastor está ausente a realizar outras tarefas, está muito adaptado ao clima rigoroso da região e mesmo à noite quando o rebanho dorme, o nosso guardião está alerta e de guarda à sua propriedade.

Um Abraço Galaico

1 comentário:

  1. O Cão de Castro Laboreiro, joia ancestral é um dos tesouros vivos de Portugal, herança cultural que todos temos a obrigação de preservar da sua extinção.
    O Cão de castro laboreiro está intrinsecamente ligado ao nosso passado, defensor acérrimo de propriedades, pessoas e bens que estão à sua guarda o Cão de Castro Laboreiro surpreende-nos pelo seu carácter nobre e beleza fenotipica rara.
    É hoje mais claramente uma raça diferente, uma raça primitiva, uma raridade canina.

    Visite-nos em: www.villalaboreiro.com

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